Cirurgia Plástica da Pálpebra e da órbita

Foto cirurgia: Cirurgia Plástica da Pálpebra e da órbita
A cirurgia plástica das pálpebras se propõe a corrigir defeitos palpebrais (funcionais ou estéticos) ou pelo menos amenizá-los. As alterações palpebrais mais freqüentemente observadas são: o dermatocalase (excesso de pele e ou gordura na pálpebra superior), o bolsão de pálpebra inferior (excesso de gordura ou pele na pálpebra inferior), o entrópio (borda palpebral virada para o globo ocular), o ectrópio (borda palpebral virada para fora do globo ocular), alterações da margem palpebral (ex: triquíase, que consiste em cílios que tocam o globo ocular), a ptose (pálpebra superior caída), tumores palpebrais e outras deformidades (ex: lagoftalmo - exposição excessiva do olho com impossibilidade de fechá-lo - oftalmopatia tireóidea, etc.). A alteração palpebral mais comum chama-se dermatocalase e, em geral, surge a partir dos 35 anos ou ainda mais cedo em pessoas com predisposição genética, alimentação inadequada, exposição excessiva ao sol e ao uso do álcool e do fumo. O excesso de pele palpebral, primeiramente, resulta em seu portador num aspecto cansado e envelhecido que se acentua no final do dia ou após uma noite mal dormida. Quando se torna muito acentuado, dificulta a abertura palpebral pelo seu peso e, numa fase muito avançada, o excesso de pele caindo sobre os olhos causa redução do campo visual superior. O dermatocalase costuma estar associado ao bolsão de pálpebras inferiores e, juntos, contribuem para um aspecto de envelhecimento. O procedimento técnico para correção do dermatocalase e do bolsão palpebral chama-se blefatoplastia que consiste na remoção do excesso de pele e gordura das pálpebras. Os benefícios da cirurgia estética das pálpebras consistem no rejuvenescimento e melhoria da expressão facial, na redução da sensação de peso e do cansaço nas pálpebras e até na ampliação do campo visual. O entrópio e ectrópio são deformidades palpebrais muito freqüentes e podem resultar do envelhecimento, de inflamações palpebrais, do tracoma, de traumatismo palpebrais prévios, entre outras causas. O bom posicionamento palpebral é necessário para garantir uma boa lubrificação dos olhos pela lágrima e quando ausente, existe sério risco à saúde ocular. No caso do entrópio, o constante raspar dos cílios no globo ocular podem resultar em cicatrizes na córnea e, com o passar dos anos, ter como conseqüência a diminuição da visão. A cirurgia consiste em corrigir o defeito apresentado reposicionando a pálpebra adequadamente e assim garantindo uma boa saúde à superfície ocular. Deformidades palpebrais podem ser encontradas também em crianças, como a ptose, os defeitos da formação da pálpebra (ex: coloboma, ausência de um pedaço da pálpebra) e os cistos e tumorações palpebrais. Nestes casos a patologia normalmente é congênita e pode causar prejuízo ao desenvolvimento visual se não for corrigida precocemente. A ptose acentuada e não corrigida resultará em ambliopia, ou seja, ausência do desenvolvimento visual por desuso. A cirurgia plástica da órbita se destina à reconstrução de cavidades anoftálmicas (cavidades orbitárias sem olho), à remoção de um olho cego e doloroso, ou à remoção de um olho atrófico e antiestético, substituindo seu conteúdo por uma prótese que lhe retorne o volume e de preferência proporcionando mobilidade bem similar ao olho normal. A remoção de um olho também pode ser necessária após grave traumatismo com perda visual irreversível, infecção ocular generalizada (endoftalmite) ou em tumores intra-oculares (ex: retinoblastoma e melanoma, obs: nestes casos, a princípio, pode não ser colocada a prótese ocular). O procedimento é feito em parceria com um protético, que ao final vai adaptar um casquilho pintando sobre a prótese ocular, assegurando um aspecto estético ao lado operado muito similar ao outro olho são. Um verdadeiro trabalho de arte! O resultado final fica quase imperceptível traduzindo o sucesso da cirurgia. As cirurgias em si são simples, realizadas com anestesia local. Caso o paciente assim deseje, pode ser feita uma sedação para deixá-lo mais relaxado durante a cirurgia. Não há necessidade de internação, a menos que seja uma cirurgia de maior porte como as cirurgias estéticas da órbita. O pós-operatório costuma ser tranqüilo. Antes da cirurgia o paciente deve estar com seu exame oftalmológico em dia. Nos casos de sedação, faz-se necessária a avaliação do paciente pelo anestesista e também, às vezes, uma avaliação clínica. Neste momento serão passadas orientações de pré e pós-operatório. Os resultados das cirurgias podem ser notados desde logo após a remoção do curativo no dia seguinte. É normal a região operada apresentar-se arroxeada devido ao sangramento local. Em geral isto desaparece em torno da primeira semana. É recomendável se evitar a exposição ao sol. Os pontos de pele são retirados por volta do 7º dia de pós-operatório. Pontos da margem palpebral podem permanecer por até 15 dias para permitir uma maior resistência à cicatriz. A cicatrização da pele palpebral, em geral, é muito boa. Na maioria das vezes, mesmo em áreas expostas, a cicatriz é mínima e não é percebida ou é escondida pelas linhas ou sulcos da pele. Oferecer segurança, atenção a cada caso e informações detalhadas será sempre uma satisfação. Ninguém melhor para cuidar de nossos olhos que o oftalmologista, que atua buscando sempre a melhor alternativa para a correção a ser feita, bem como para a segurança quanto à manutenção da integridade visual.

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