Trauma Ocular

O trauma ocular é uma causa freqüente de cegueira, ocorrendo tanto em casa, como no trânsito e no ambiente de trabalho. As vítimas em sua maioria são crianças, adultos jovens do sexo masculino e operários. As crianças no ambiente doméstico e na escola são bastante susceptíveis a acidentes, principalmente porque ainda não desenvolveram uma noção exata do perigo a que estão expostas. Os objetos causadores mais comuns são utensílios domésticos como tesoura e faca de ponta, e em muitos casos até brinquedos. Acidentes com fragmentos de vidro ou porcelana, arame, tiro de espingarda de pressão, pedradas, fogos de artifício, mordida de animais e queimadura por produtos químicos (álcool, seiva de plantas, materiais de limpeza) também acontecem. No trabalho ocorrem acidentes por falta de atenção, pela não utilização dos equipamentos e das medidas de segurança e muitas vezes por fatalidade. Em casos de acidente de trânsito, por não se utilizar o cinto de segurança, a cabeça é jogada contra o vidro do carro, podendo o olho ser perfurado ou cortado por fragmentos do pára-brisa.

O trauma pode ser contuso (pancada) ou perfurante. O trauma contuso pode causar inúmeras lesões ao olho, dependendo de sua intensidade, desde uma simples inflamação (uveíte) até lesões severas como o descolamento de retina, glaucoma e catarata ou mesmo a ruptura do globo com extrusão de seu conteúdo.

Trauma ocular

Trauma ocular contuso grave. Observa-se sangramento intra-ocular que preenche toda a parte anterior do olho.

No trauma perfurante há risco iminente de infecção e o oftalmologista deve agir com rapidez para ocluir a perfuração e restaurar a anatomia do olho, sob pena de ocorrer a perda do olho. Nestes casos, também, há várias graduações de gravidade.

Trauma ocular

Trauma ocular perfurante. Observa-se sangramento intra-ocular e laceração da córnea com extrusão da íris.

Trauma ocular

Após a cirurgia, houve restauração parcial da anatomia, preservação do globo ocular e de um pouco de sua visão.

Primeiros socorros

Cisco no olho:
  • Não esfregue os olhos e não use as mãos sujas para retirar o cisco.
  • Caso o corpo estranho esteja em local visível, pode-se tentar retirá-lo com um lenço de papel, cotonete ou a extremidade de toalha.
  • Pode-se tentar retirar o cisco com água corrente, ou soro fisiológico. Para lavar o olho, mantenha-o aberto com a ajuda do dedo polegar e do indicador.
  • Procure o seu oftalmologista se o corpo estranho estiver aderido à córnea, não estiver visível ou não foi possível retirá-lo.
  • Até receber o auxílio especializado, deve-se manter o olho ocluído com gaze e fita adesiva.

Trauma ocular

Corpo estranho metálico (fragmento de esmeril) na córnea. Lesão muito freqüente no consultório do oftalmologista, que ocorre por falta do uso dos óculos de proteção.

Trauma ocular

Corpo estranho orgânico (asa de besouro) na córnea. Lesão incomum. Neste caso, pelo tempo que o cisco permaneceu no lugar, houve neovascularização.

Acidentes com produtos químicos:
  • Lavar o olho afetado imediatamente com soro fisiológico, água filtrada ou mesmo com água da torneira, em abundância.
  • Não aplique nenhum outro produto no olho.
  • Após a lavagem, deve-se ocluir o olho com gaze e fita adesiva para diminuir a dor.
  • Procure imediatamente o seu oftalmologista.

Trauma ocular

Trauma ocular químico com desestruturação da superfície do olho.

Cuidados para se evitar acidentes oculares em crianças:

  • Propiciar ambiente seguro em casa, na escola e para recreação;
  • Todas as atividades das crianças devem ter a supervisão de um adulto;
  • Manter longe de crianças produtos químicos e objetos pontiagudos;
  • Certificar-se que os brinquedos são seguros e adequados para a faixa etária;
  • Crianças até 12 anos devem utilizar o banco traseiro do veículo, em assentos apropriados, com cinto de segurança;
  • Em caso de trauma ocular ou cisco no olho, sempre procurar o oftalmologista.

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