Conjuntivite infecciosa
A conjuntivite, causada por vírus ou bactérias, é muito contagiosa desde o início do “olho vermelho”. A infecção é transmitida pelo contato de dedos ou objetos contaminados com o olho. As queixas mais frequentes são vermelhidão, ardência, irritação, queimação, dor e secreção ocular.
Vermelhidão conjuntival (hiperemia) em caso de conjuntivite infecciosa.
Conjuntivite por vírus. Notam-se petéquias (pontos hemorrágicos) na conjuntiva tarsal (em baixo da pálpebra).
Conjuntivite por vírus severa. Nota-se formação de membrana na conjuntiva do fundo de saco inferior.
Conjuntivite por vírus severa. Nota-se desepitelização corneana.
Opacidades corneanas, sequelas de conjuntivite viral.
Orientações
Os sintomas podem piorar nos primeiros dias do tratamento, isto faz parte da evolução normal da doença. Porém, se houver piora acentuada dos sintomas ou embaçamento visual, procure o seu oftalmologista, mesmo antes do retorno marcado.
Não deixe que qualquer secreção se acumule nos cílios ou no canto dos olhos. Limpe os olhos com soro fisiológico. Instile 15 a 20 gotas do soro, gota a gota, utilizando um conta-gotas, no fundo de saco inferior. Repetir duas ou três vezes. Quando o soro escorrer, enxugue com lenço de papel, e, em seguida, descarte-o. Lembre também de limpar os olhos 5 minutos antes de pingar os colírios.
Não use toalha ou lenço de pano para enxugar os olhos, pois estes podem ser contaminados pelo micro-organismo causador da conjuntivite. Use apenas algodão, gaze ou lenço de papel. Utilize uma unidade para o primeiro olho, despreze-a, torne a lavar as mãos e use uma outra unidade para o segundo olho.
Pela manhã, lave bem as pálpebras com xampu neutro infantil, água boricada ou soro fisiológico, faça a primeira compressa gelada e reinicie a instilação do colírio. Pode-se utilizar um cotonete úmido para remover a secreção seca aderida aos cílios e a borda palpebral.
Durante o dia, evitar vento, poeira, pó, fumaça, ambientes poluídos, ar condicionado, etc. Ao dirigir, manter os vidros do carro fechados e o ventilador desligado.
Em ambientes com luminosidade intensa, óculos escuros melhoram os sintomas.
Evite compartilhar toalhas, utensílios de banho e objetos pessoais. Afaste-se do contato com pessoas. Se tocar pessoas, tenha certeza que se encontra com as mãos limpas, para não transmitir a conjuntivite. Se possível, durma sozinho.
Não coce os olhos.
Após pingar colírios, fazer compressas, tocar ou enxugar os olhos, lave as mãos, mantendo-as sempre limpas.
Se unilateral, esforce-se para não infectar o olho são. Não o coce, mesmo se sentir um pouco de ardência e lacrimejamento, podem ser apenas sintomas reflexos. Após o banho, atenção para não enxugar o olho sadio com a mesma toalha.
As compressas geladas (três pedras de gelo picado dentro de um saco plástico e enroladas num pano limpo) dão bastante alívio aos sintomas (ardor, sensação de corpo estranho, irritação, etc.), diminuem o edema (inchaço) palpebral. As compressas devem ser deixadas por 15 minutos e repetidas sempre que necessário, até seis vezes ao dia.
Use o colírio e a pomada oftálmica rigorosamente no horário prescrito, evitando encostar a ponta do frasco no olho. Anote os horários para não esquecer. Evite usar qualquer medicamento não prescrito.
A pomada (pouco mais de meio centímetro), caso prescrita, deverá ser colocada no espaço entre o globo ocular e a pálpebra inferior. Feche a seguir os olhos vagarosamente, sem apertar as pálpebras. À noite a pomada prescrita fará o mesmo efeito do colírio e também evitará que os olhos amanheçam grudados.
Não deixe de comparecer no consultório no dia marcado para seu retorno. Neste dia, o exame oftalmológico será repetido e novas orientações serão dadas quanto à evolução da conjuntivite.
Caso permaneça qualquer dúvida, não hesite em contactar-nos para esclarecê-la.
Em caso de possuir qualquer alergia a medicamentos, comunique isso antes de iniciar o tratamento.